Um espasmo muscular é originado por uma hiperatividade do neurônio gama mantida.


O reflexo patológico mantido poderá ter origem no SNC ou através de mecanismos externos. Por exemplo, um movimento brusco que causa um estímulo elevado do fuso, que ao chegar na substância cinzenta, através dos interneurônios, pode influenciar o sistema gama, mantendo uma contração das fibras intrafusais. Esta, por sua vez, estira a porção central do fuso, gerando no nível das fibras sensoriais, de forma constante, influxos aumentados, fazendo com que os motoneurônios alfa se descarreguem da mesma forma, criando um estado de contração mantida, que denominamos espasmo.

Um músculo espasmado estará em um processo isquêmico, o que acarretará um déficit vascular para o seu ventre. Este déficit vascular provoca uma anóxia tecidual. A falta de O2, que vem através do sangue para o músculo, dificultará o desatracamento dos miofilamentos de miosina e actina, pois para que isso ocorra, é necessário ATP aeróbico. A falta de ATP aeróbico faz com que o músculo lance mão de suas reservas anaeróbicas por obtenção de ATP. Porém, se essas reservas forem insuficientes, o atracamento dos miofilamentos será mantido, e o subproduto do metabolismo anaeróbico são substâncias tóxicas como ácidos, radicais livres, amônia, etc.

Estas substâncias ativam receptoras livres, provocando dor.

Este músculo, por toda essa circunstância mencionada, será um músculo capaz de interferir na mobilidade dos ossos, trazendo para si ou em sua direção as peças ósseas, porque possui atracamento importante dos miofilamentos. Este é o mecanismo pelo qual uma vértebra perde parâmetros de sua mobilidade normal

Diante desses fatos, teremos um músculo com uma capacidade diminuída de resistir à fadiga durante uma solicitação mecânica, o que lhe confere uma debilidade aos testes de força quando for solicitado.

O Pilates pode ajudar a combater esse espasmo, desde que a articulação envolvida permita algum movimento. Alongamentos suaves, técnicas de inibição seriam interessantes antes das aulas, Se o espasmo for incapacitante, não devemos realizar grandes atividades na região afetada.

costas203d

»
«

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *